sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Até Que A Vida Nos Separe

Até Que A Vida Nos Separe

Por: ASHBELL SIMONTON REDUA
 
MEDITE: Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. Romanos 7:2
Desde pequeno aprendi que a Igreja é formada de famílias. Famílias tradicionalmente falando, onde os pais juntamente com os filhos se reuniam para louvar e adorar à Deus.
Quando tudo está em extinção, e fácil também percebemos esta realidade na vida conjugal, o casamento está ameaçado de extinção. O número de casais infelizes está cada vez maior, basta olharmos para o número de divorciados.  A Gallup afirmou em uma de suas pesquisas que 10% dos católicos e 10% dos protestantes são divorciados e que 23% dos católicos e 26% dos protestantes já foram divorciados em algum momento.
Entendemos que a vida separa mais do que a morte, as próprias circunstâncias existenciais da vida, seja na área financeira, emocional, relacionamento com familiares opostos, a interferência de familiares próximos como pais, acabam por contribuir para a separação, e, tudo isto acontece em vida. Há várias outras circunstâncias que contribuem para as dificuldades conjugais, tais como as diferenças de educação, a formação profissional, o estilo de vida, a questões sexuais de ordem psíquica e orgânica, a infidelidade, questões relacionadas com a personalidade, como introversão e extroversão, bem como as diferenças de credo e fé.
“Um dos problemas mais sérios no casamento é aquilo que os psicólogos chamam de Síndrome do Comportamento de Hospedagem. No relacionamento de um casal quando entra na rotina da convivência, faz surgir um novo tipo de comportamento, é a Síndrome do Comportamento Hospedeiro. Ele é extremamente prejudicial. O cônjuge age, inconscientemente, de forma semelhante a um hóspede dentre de sua casa. Realiza as suas atividades comuns. Mantém a comunicação e os hábitos rotineiros, inclusive os financeiros. Este comportamento gera a frieza que ocasionada pelo distanciamento. Aos poucos vai agindo como se fosse alguém que está hospedado na casa, cumprindo com alguns papéis pertinentes, todavia, trata as questões, antes parcimoniosas, de forma independente. Deixa as responsabilidades, sobretudo as domésticas, para o outro cuidar. Onde havia uma atmosfera de cordialidade e doçura, passa a existir um espectro de isolamento e pesar. O outro vai percebendo, sensivelmente, as diferenças no tratamento recebido e acaba por se sentir, pouco a pouco, só. A sensação deste isolamento origina-se na forma pela qual a ausência do vínculo se manifesta nesta relação.
As discussões passam a existir com uma freqüência crescente em virtude do mal-estar alojado e da falta de compreensão. Os conflitos podem surgir e avoluma-se no processo bola-de-neve. A pouca consciência provoca a discórdia entre o casal, atingindo quem estiver por perto nesta convivência, via de regra, os filhos. Lembranças e cobranças de como a vida conjugal era boa anteriormente são lançadas no calor das discussões. Isto faz aquecer ainda mais o desentendimento. Esta é uma situação estressante para o casal, podendo levar os seus envolvidos à depressão e outros males. E, carrega a possibilidade de desencadear a separação. São duas polaridades se confrontando. De um lado, a ausência de vínculo, a vida isolada. De outro, a força presente da relação a dois. Os compromissos da união "pressionam" o contato mais íntimo da esfera afetiva. Caso ela não exista, torna-se um problema permanente. O divórcio, por sua vez, traz de volta o estado de isolamento requerido pela síndrome. Porém, ao mesmo tempo, causa dor e sofrimento. O que se acreditou ser bom anteriormente enquanto manter uma gostosa e importante relação familiar transforma-se em um pesadelo aterrador com a ruim convivência e a separação.”
“É por isto que quando restauramos pessoas que estão vivendo os conflitos no casamento, as dores desses queridos são reais, há sofrimento, angústias tremendas, uma sensação de solidão terrível. É tão difícil de ensinar ou mesmo de alguém entender nestes momentos as palavras do Senhor Jesus: “O que Deus uniu, não separe o homem” (Mt 19:6)
Muitas pessoas que sofrem em seus casamentos estão desnorteadas; focalizam mais sua dor que Cristo; preocupam-se mais com seu sofrimento do que em serem fiéis a Ele. Em parte é compreensível, porque quem sofre muito tende a perder a perspectiva sã e equilibrada. O problema aprofunda-se quando os pastores destas pessoas se perdem na dor delas também, apoiando-as na procura de sua felicidade através do divórcio.
A igreja precisa acordar, erguer-se e ser eficaz em resgatar casamentos em crise. Precisamos parar de oferecer apenas “curativos” para pessoas que sofrem de câncer no seu casamento, e dar apoio, esperança e formas práticas para que elas passem de vítimas a sobreviventes e vencedoras. Quando um cristão se divorcia do seu cônjuge, de alguma forma muito profunda, está comunicando que falhou na relação mais fundamental de sua vida. Mas ele não falhou sozinho. A igreja precisa reconhecer que também falhou ao não dar o apoio, o conselho e a ajuda necessários.
Afirmamos categoricamente que Deus ama os divorciados, que a igreja deve ser um lugar seguro para eles, oferecer esperança e um contexto apropriado para restaurar suas vidas. Ao mesmo tempo, se a igreja reflete a sociedade de forma geral quanto ao número de seus membros que procuram o divórcio, temos que admitir que o evangelho perdeu seu poder. A igreja precisa ser um lugar seguro não apenas para divorciados, mas também para os que acreditam no casamento e estão dispostos a lutar por um casamento saudável.”
A vida não pode mais separar os casais, devemos novamente afirmar a antiga benção nupcial: “até que a morte vos separe”
Lute! Lute muito pela tua família, não aceite a separação como uma solução, volte a trincheira da oração e lute. Deus irá restaurar a sua vida, o seu casamento e o seu lar. Deus pode tudo, e Ele te ajudará.
PENSE:  No amor tudo está terminado desde o dia em que um dos amantes pensou que a separação era possível. (P. Bourget)
ORE: Senhor! Amado meu e Senhor meu, abençoa aqueles que tem passado por tantas aflições e conflitos na vida relacional conjugal. Restaura-lhes a vida, o casamento  e a família. Em nome de Jesus. Amém!
Escute esta música: http://www.youtube.com/watch?v=fVVPjRw8Yc4
Com carinho!
Rev. Ashbell Simonotn Rédua
Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
Perfil do Autor
Teólogo Presbiteriano, Graduado em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, especializado em Capelania pela Seminário Teológico do Nordeste, revalidado Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pos-graduando em Direito Ambiental pela Gama Filho e graduando em Direito pela Faculdade Morais Junior - Mackenzie Rio.
(Artigonal SC #483900)
Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/relacionamentos-artigos/ate-que-a-vida-nos-separe-483900.html

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